quarta-feira, 12 de junho de 2013

Em alta entre skatistas, versão mini une adrenalina e sustentabilidade

Além de serem feitos com sobras de material, modelo também ajuda na locomoção urbana por caber em uma mochila e ser fácil de transportar


Reduzir, reutilizar e reciclar são as três palavras-chaves da sustentabilidade, e a galera do skate encontrou uma forma de entrar em sintonia com o meio ambiente. A novidade é o mini skate, que além de radical também contribui com o planeta. Do tamanho de um pé, ou um pouco maior, o modelo muitas vezes é feito com sobras de madeira de outra prancha. A moda é consciente, mas segurança é fundamental, já que os modelos reduzidos exigem mais habilidade do skatista.

- É uma ideia que surge, muitas vezes, com sobra de material. É uma forma de aproveitar até o fim. Uma questão ambiental de reúso, sustentabilidade - explica o skatista César Augusto.
Além de reutilizar material, o mini skate também serve como meio de locomoção pela cidade, ajudando a diminuir engarrafamentos. Devido ao seu formato compacto, ele pode ser facilmente carregado em uma mochila, sem atrapalhar. Por isso, Bruno Rinaldi, que é adepto da modalidade, acredita que o esporte vem se tornando popular entre os skatistas.
- Muita gente que anda de downhill, street e outras modalidades, acaba usando o mini skate para se locomover. Ele cabe em uma mochila, dá para pegar o metrô com ele, não tem problema nenhum. Você sobe e desce calçada, é uma coisa muito fácil, muito rápida. E se você vai entrar num banco, numa reunião, é só colocar de baixo da cadeira - disse.
Mas, é preciso habilidade e experiência sobre as quatro rodinhas antes de sair pelas ruas com a versão menor. Devido à falta de espaço para colocar os pés, o nível de dificuldade aumenta e, às vezes, é necessário desenvolver habilidades diferentes, como explica César Augusto.
- O skate é do tamanho de um pé só e você vai ter que colocar os dois, então, precisa desenvolver uma nova habilidade. Porque, na hora de colocar seu segundo pé, se você for dar uma remada, precisa acertar o outro. Quando voltar, vai ser um novo desafio. Então, cada mudança de pé, você não tem uma base ampla para se mexer, por isso se torna complicado - afirmou César.

Formatos e configurações

Além do tamanho, os mini skates também podem ter variados formatos. Composto pelo nose (parte frontal) e pelo tail (rabeta) a prancha pode ter formatos mais longilíneos, arredondados, quadrados e até mesmo inusitados como o desenho de um pé, por exemplo. A parte traseira é o que define como o skate irá desenvolver na pista. O shaper e skatista Renato Hussein explica algumas diferenças entre os formatos.
- Muitos são "hand made", feitos pelo próprio dono, mas outros são pensados no "outline", a linha externa dele. Por exemplo, a rabeta pin, por ter menos área ela força menos o truck e ele fica mais preso. Se ela tivesse uma rabeta mais larga, você tem mais facilidade para fazer curva, porque ele vai forcar mais o amortecedor do truck e isso causa uma troca de direção mais fácil.

Além do formato da prancha, a configuração do skate precisa ser ideal. Trucks, rodas, rolamentos variam de tamanho, maciez, diâmetro e tudo isso influencia na performance do skate. No caso dos modelos menores, a maior preocupação é com a segurança.
- Não é legal que a roda seja muito grande porque ele pega muita velocidade. No skate pequeno você não pode pegar muita velocidade porque você vai sentir que falta espaço. A graça do pequeno é andar em média e baixa velocidade. Se você for fazer speed, você vai se matar - afirma Renato.



Por: Redação
Fonte: sportv
Foto: divulgação


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