quinta-feira, 19 de julho de 2012

A busca pela adrenalina


Os esportes radicais ou esportes de aventura estão super em alta: montanhismo, paraquedismo, rafting, alpinismo, bungee jumping são apenas alguns deles. O que os define é ter um alto risco de vida. Aliás é exatamente esse risco que tem atraído mais e mais pessoas a cada tempo para tais modalidades. No Fantástico de domingo passou um quadro sobre o assunto chamado Desafio Extremo, o repórter escalou uma montanha no Canadá chamada “A montanha que chora”, é extremamente perigoso, tanto que só na segunda tentativa foi que ele alcançou o topo.
Fiquei assistindo aquilo e pensando o que leva uma pessoa a fazer isso, a se expor a tão grande risco? Pois é um esporte que se acabar mal, será muito mal! O risco de morte esta presente o tempo inteiro. Eu não tenho uma opinião definida sobre o assunto, já li artigos criticando tais práticas, condenando os praticantes como pessoas que burlam com a morte o tempo todo. Concordo com isto em parte, mas conheço pessoas que praticam com bastante cuidado. Cuidam dos aparelhos, só fazem o esporte na época e com tempo adequado, sempre usando a aparelhagem certa e assim por diante. Baseado nisto, não consigo dizer que são pessoas com grande pulsão de morte, que preferem a morte à vida. Talvez sejam indivíduos que gostem de desafios, que só se satisfaçam diante de grande adrenalina e sejam mais corajosos que a maioria, não sei acho que cada caso é um caso.
Porem, há os que se expõem a morte, que buscam atividades que demonstram um desejo de morte alto. Só que isto não acontece só no esporte radical, mas nos rachas de carro, no uso abusivo de drogas pesadas, nas brigas violentas na rua, nos relacionamentos explosivos e por ai vai….
Estar vivo é ter que lutar contra  morte todos os dias: sair da cama e ir pra vida exige uma força, uma coragem, uma determinação que nem sempre é fácil manter. Os reverses da vida são muitos e em algumas fases bem constantes. Se entregar ao sono, ao desemprego, ao pessimismo, a rabugice, a discussões ou silêncios absolutos pode ser muito mais atrativo do que manter-se na luta. Só que isto tudo também é pulsão de morte e tão perigoso quanto um esporte radical. Talvez a única diferença seja que os esportes de aventura podem matar rapidamente, enquanto que os comportamentos citados matam aos poucos. Mas são tão arriscados quanto o primeiro…


Por: Fernanda Rossi. Texto com adaptações
Fotos: Divulgação 
Proradicalskate

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