segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Grupo de skatistas dá show de malabarismos para jovens da cidade



  Leilane MenezesPublicação: 08/11/2010 08:17
O amplo espaço vazio entre a Biblioteca Nacional e o Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, transformou-se em um half (tipo de arena) para a prática do skate, na manhã de ontem. A chuva atrapalhou, mas não espantou quem esperava ansioso pela chegada da turnê profissional de shows de skate Follow Us Tour 2010 a Brasília. O nome quer dizer algo como “siga-nos”.
No fim da manhã de domingo, um ônibus estilizado estacionou em frente ao museu. Dele desembarcaram rampas, caixotes, corrimãos e muitos skates. A equipe é composta por 11 atletas patrocinados por uma indústria produtora de tênis para o esporte, a Freeday.
Durante 51 dias, o grupo vai percorrer cidades de todo o Brasil com demonstrações de manobras e oficinas gratuitas. Eles viajarão mais de 8 mil quilômetros. A experiência começou em 1º de outubro, no Rio Grande do Sul. Os esportistas passaram pelo interior de São Paulo, Uberlândia (MG) e Goiânia (GO). Sempre transportados por um motor-home, que será a casa da equipe até dia 21 próximo.
Em cada cidade, há ações paralelas às apresentações, como sessões de autógrafos e distribuições de brindes. Nos próximos dias, os shows seguem para Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O roteiro inclui oito estados e 29 cidades, no total.
Os skatistas filmam toda a viagem e pretendem lançar um documentário em 2011. A passagem por Brasília durou uma semana. As paisagens da capital estarão no vídeo. Aqui, o show atraiu, principalmente, dezenas de adolescentes e crianças. Os pequenos tentavam imitar seus ídolos, voando alto com as manobras. O morador do Sudoeste Bruno Niebuhr, 10 anos, vestiu-se a caráter, com os tênis adequados e boné. “Vim com meu amigo. Quero ver o que eles fazem e mostrar o que eu sei fazer também”, disse Bruno.

Talento local

Um brasiliense está entre os 11 atletas escolhidos para se apresentar durante a turnê. O morador do Lago Norte Caio Cesar Costa, 21 anos, conhecido como Boca, ainda faz parte da categoria amador. Mas já tem patrocínio e participa de competições. “Comecei a andar de skate quando tinha 11 anos. Um amigo ganhou um skate e eu pedi um para a minha mãe. Era uma brincadeira. Hoje, penso em viver do esporte”, afirmou.

Ser um profissional do skate não é fácil: “Precisa de muita dedicação e paciência. Ser convidado para um evento assim é um reconhecimento. É bom ver a molecada se inspirando na gente”, disse Caio. A intenção da turnê — além de divulgar a marca da indústria — é popularizar ainda mais esse esporte.


“Queremos apresentar essa opção, principalmente, em locais carentes. Mostrar a essência do skate como um esporte. Essa é uma oportunidade que aproxima os atletas profissionais do público. Algo raro quando se fala nessa atividade”, explicou o responsável pela equipe, Elias Silva, 25 anos.


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